Dando continuidade ao post anterior sobre Carlos 'Tomati', o guitarrista do Programa do Jô que por um ano integrou o grupo cristão de rock Katsbarnéa, você confere agora a entrevista feita por e-mail. Nela, Tomati conversa sobre Cristianismo e critica a postura de alguns 'levitas'.
alforria: Seu último trabalho, Lord's Children, fala de pontos essenciais do Cristianismo, como guardar a Palavra que Jesus ensinou. Você é um 'crente' frequentador de igreja ou prega por se identificar com a ideologia cristã?
Tomati: Esse ponto essencial que você citou, está na musica God is Love. A estória dela foi contada na revista [que acompanha o cd. Nela Tomati revela ter feito a canção para um festival de música gospel, que acabou não ganhando. Ouça-a no vídeo abaixo]
Já frequentei igrejas, toquei em bandas, em louvores, conheço varias religiões, preguei para amigos e inimigos, etc. Minha intenção era fazer um disco com amigos músicos consagrados e da nova geração, em uma revista bilíngue que pudesse ser útil no aprendizado da língua norte-americana, com uma mensagem limpa e boa música, contando um pouco da minha trajetória profissional em fotos e textos escritos por mim.
Um disco muito especial e ingênuo. Muita gente se identifica com a mensagem e muita gente não gosta. É só um ponto de vista. Eu gosto da música e do solo dela e isso é o que importa pra mim. Retrata uma época da minha vida e está registrada na sonzera.
alforria: Para você, o que um bom guitarrista cristão precisa ouvir?
Tomati: Tudo. A música transforma, ensina, educa. Estudar é fundamental. A música é minha religião, nela vejo DEUS [grifo do entrevistado].
alforria: A música evangélica está absorvendo as mudanças da música secular. Hoje em dia, é raro achar uma igreja que não toque rock, por exemplo. Como avalia estas mudanças?
Tomati: Acho que é para atrair um publico roqueiro. Na Igreja Betesda, participei de louvores com belas composições do meu amigo Miguel Garcia [ouça o excelente myspace do guitarrista aqui], com muita harmonia de jazz, letras super poéticas e solos que talvez não alegrassem a roqueiros.
E também é preciso rever o conhecimento musical dos levitas. Às vezes toca-se o rock na igreja para se parecer moderno, mas ao mesmo tempo com guitarras desafinadas sem o esmero musical, visando apenas o lado comercial. Isso não é legal. Eu percebo na hora e acho que outros músicos também.
Rock'n Roll é uma religião por si só, um estilo de vida, não só um estilo musical. Com certeza tem muita eletricidade e isso vibra.
alforria: Sofre preconceito por tocar música secular no 'Programa do Jô'?
Tomati: Quem tem pré-conceito deve rever seus conceitos. O Programa do Jô para mim tem sido como uma grande escola de teatro, iluminação, produção, humor, relações publicas e muito mais. Estou no programa há 11 anos e tenho muito orgulho do meu trabalho em uma das maiores emissoras de televisão do mundo, a Rede Globo. Além disso, também trabalhei um ano e meio no SBT.
alforria: O que acha dos músicos que dizem tocar sem ensaiar, guiados apenas pela 'unção'?
Tomati: Só se toca sem ensaio quando se tem enorme intimidade com a música em questão. Não se faz isso em qualquer situação musical.
alforria: Quando compõe suas canções, parte primeiro das letras, melodias ou harmonias?
Tomati: Das três maneiras. Cada música tem sua particularidade.
alforria: Está trabalhando em um novo disco? Quais são os planos futuros?
Tomati: Preciso vender mais Lord's Children primeiro, para capitalizar. Ideias tenho de sobra, dá pra fazer mais uns cinco discos, mas como Lord's Children ficou um tempo nas bancas e saiu, sendo vendido agora só por mim e amigos que compram para revender, os lucros ficaram basicamente com a editora que apoiou o projeto e teve gastos com ele.
Gravei mais um disco de música brasileira depois do LC [lançado depois do envio da entrevista] com Michelle Spinelli, minha companheira, que nos rendeu alguns concertos em Nova York e a possibilidade de gravar clássicos de poetas e compositores da MPB e Bossa Nova, com belas interpretações na voz de Michelle [veja o myspace] e um instrumental fusion 'di catiguria'.
Estou terminando um projeto de uma guitarra desenhada com o luthier Marcos Sanches 'Joker', que poderá ser visto esse ano no Programa do JÔ: a GT FU510N.
alforria: Seu último trabalho, Lord's Children, fala de pontos essenciais do Cristianismo, como guardar a Palavra que Jesus ensinou. Você é um 'crente' frequentador de igreja ou prega por se identificar com a ideologia cristã?
Tomati: Esse ponto essencial que você citou, está na musica God is Love. A estória dela foi contada na revista [que acompanha o cd. Nela Tomati revela ter feito a canção para um festival de música gospel, que acabou não ganhando. Ouça-a no vídeo abaixo]
Um disco muito especial e ingênuo. Muita gente se identifica com a mensagem e muita gente não gosta. É só um ponto de vista. Eu gosto da música e do solo dela e isso é o que importa pra mim. Retrata uma época da minha vida e está registrada na sonzera.
alforria: Para você, o que um bom guitarrista cristão precisa ouvir?
Tomati: Tudo. A música transforma, ensina, educa. Estudar é fundamental. A música é minha religião, nela vejo DEUS [grifo do entrevistado].
alforria: A música evangélica está absorvendo as mudanças da música secular. Hoje em dia, é raro achar uma igreja que não toque rock, por exemplo. Como avalia estas mudanças?
Tomati: Acho que é para atrair um publico roqueiro. Na Igreja Betesda, participei de louvores com belas composições do meu amigo Miguel Garcia [ouça o excelente myspace do guitarrista aqui], com muita harmonia de jazz, letras super poéticas e solos que talvez não alegrassem a roqueiros.
E também é preciso rever o conhecimento musical dos levitas. Às vezes toca-se o rock na igreja para se parecer moderno, mas ao mesmo tempo com guitarras desafinadas sem o esmero musical, visando apenas o lado comercial. Isso não é legal. Eu percebo na hora e acho que outros músicos também.
Rock'n Roll é uma religião por si só, um estilo de vida, não só um estilo musical. Com certeza tem muita eletricidade e isso vibra.
Tomati: Quem tem pré-conceito deve rever seus conceitos. O Programa do Jô para mim tem sido como uma grande escola de teatro, iluminação, produção, humor, relações publicas e muito mais. Estou no programa há 11 anos e tenho muito orgulho do meu trabalho em uma das maiores emissoras de televisão do mundo, a Rede Globo. Além disso, também trabalhei um ano e meio no SBT.
alforria: O que acha dos músicos que dizem tocar sem ensaiar, guiados apenas pela 'unção'?
Tomati: Só se toca sem ensaio quando se tem enorme intimidade com a música em questão. Não se faz isso em qualquer situação musical.
alforria: Quando compõe suas canções, parte primeiro das letras, melodias ou harmonias?
Tomati: Das três maneiras. Cada música tem sua particularidade.
alforria: Está trabalhando em um novo disco? Quais são os planos futuros?
Tomati: Preciso vender mais Lord's Children primeiro, para capitalizar. Ideias tenho de sobra, dá pra fazer mais uns cinco discos, mas como Lord's Children ficou um tempo nas bancas e saiu, sendo vendido agora só por mim e amigos que compram para revender, os lucros ficaram basicamente com a editora que apoiou o projeto e teve gastos com ele.
Gravei mais um disco de música brasileira depois do LC [lançado depois do envio da entrevista] com Michelle Spinelli, minha companheira, que nos rendeu alguns concertos em Nova York e a possibilidade de gravar clássicos de poetas e compositores da MPB e Bossa Nova, com belas interpretações na voz de Michelle [veja o myspace] e um instrumental fusion 'di catiguria'.
Estou terminando um projeto de uma guitarra desenhada com o luthier Marcos Sanches 'Joker', que poderá ser visto esse ano no Programa do JÔ: a GT FU510N.
alforria: Muito obrigado pela entrevista.
Tomati: Obrigado pelo interesse. Abraço a todos, Paz!