quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Desabafando com The Elms

Cansei do frenesi, dos inumeráveis downloads, da vida corrida e das análises superficiais. Se você se enquadra no perfil supracitado e não pensa em abrir mão do mesmo, nem continue a leitura. Obrigado pela visita. Nos veremos na próxima busca do Google que o trouxer aqui.

Se não, obrigado pela paciência. Quero sugerir uma reflexão: quantos discos baixou na última semana? Cinco? Quantos deles ouviu até o final? Dois? Quantos realmente digeriu? Nenhum? Estamos quites - e, creio eu, de saco cheio.

Sinto saudade dos espirros provocados pelo mofo de minhas fitas cassete, da alegria de encontrar algo realmente novo em uma loja de cds e, em um tempo ainda mais longínquo, de esconder vinis do Iron Maiden na fronha do travesseiro para ouvir na casa do meu primo.

Sinto saudades de mastigar música, não engoli-la. E a partir de agora prometo parar de reclamar para agir. Este blog não mais se preocupará com a quantidade de álbuns novos lançados no mercado, a quantidade de análise escritas, mas sim, com a essência do que é passado à frente.

A gurizada do The Elms

Encontrei na web há poucas semanas uma excelente banda cristã de rock - com cara de anos 70. Eles mesclam bons vocais, guitarras cheias - com acordes completos, sem aquele ranço de punk rock - e baterias com levada de anos 60-tu-pa-pa-tu-pa-pa.

O The Elms, formado por alguns garotos dos EUA, me chamou a atenção pelo título do single disponível gratuitamente pirateadamente na internet: "This is How The World Will End" ou "assim que o mundo vai acabar" em português medíocre. Pode parecer viagem, mas a frase tem muita relação com a reflexão sugerida no início deste post.

O novo single - The Great American Midrange - eu ainda não ouvi, mas a primeira faixa disponibilizada no myspace me agradou. E muito. Riff de violão marcante, solo de guitarra empolgante e um timbre de bateria bem cru, sabe? É o bom e velho rock'n roll. Ótimo para ouvir na estrada. E o que é a vida senão uma longa caminhada?