terça-feira, 7 de julho de 2009

O melhor disco de rock cristão de todos os tempos!

Há 20 anos nascia o Resgate. Fruto da amizade de Zé Bruno, Hamilton, Marcelo e Jorge Bruno, a banda de rock formada por bispos da Renascer se tornou uma das grandes referências de autenticidade no meio cristão. Do clássico ao alternativo, o Resgate se fez conhecer pela qualidade de suas composições.

Integrante do expoente movimento de rock cristão paulista do início dos anos 90 - do qual também fizeram parte Oficina G3 e Katsbarnéa - o Resgate lançou três bons discos: Vida, Jesus e Rock'n'Roll (1991), Novos Rumos (1993) e On The Rock (1995).

Os solos virtuosos e os riffs que passeiam entre o heavy metal e o hard rock, juntamente ao timbre de voz enrouquecido de Zé Bruno, criaram hits instantâneos para a geração de jovens sedentos por liberdade. As letras foram além da religiosidade, refletindo pela primeira vez o estilo de vida da nova geração.



Passados os três primeiros discos, o grupo opta pelo silêncio por dois anos. E nestes dois anos o mundo absorve a criação de um novo gênero: o British Pop. Os riffs agressivos dão lugar às melancólicas guitarras criativas de Oasis, Blur e Radiohead.

Sabiamente adaptado a este contexto, o Resgate lança o melhor álbum de rock cristão de todos os tempos: Resgate (1997) mostra que a banda voltou para si mesma, para suas origens, deixando de lado o ranço oitentista que ainda acompanhava os grupos emergentes do movimento de rock cristão nacional - do qual o Katsbarnéa nunca conseguiu se desvencilhar - para visitar décadas ainda mais antigas.

É inevitável não perceber, por exemplo, influência do rock dos anos 60 neste álbum. Em 1997 o Resgate dava dois passos à frente; na vanguarda do que posteriormente seria assimilado pela nova geração como indie rock.


O Hamilton já soube solar melhor...

Os integrantes amadureceram, tornaram-se bispos, adquiriram uma responsabilidade maior nas igrejas que congregam e, naturalmente, a carreira ficou em segundo plano. Um disco 'praise', um acústico, outro fraco, um ao vivo e, apenas em 2006, o Resgate volta à boa forma: Até Eu Envelhecer, álbum que sela o tecladista Dudu Borges como integrante da banda, traz um Resgate moderno e vintage ao mesmo tempo.

Com órgãos expressivos, guitarras mais soltas e um tom despretensioso, o disco coloca a banda novamente no posto que merece: o topo da cena de rock cristão do Brasil. Vida longa ao Resgate! Que venham mais 20 anos pela frente (com criatividade, é claro!).