13 de julho - você já deve ter ouvido - é o Dia Mundial do Rock. Muito contestado dentro das igrejas no passado, o estilo musical hoje é fichinha fácil dentro dos ministérios de louvor. Difícil encontrar uma denominação que ainda não tenha se rendido ao poderoso efeito causado pela combinação de guitarra distorcida, baixo e bateria.
A rebeldia do passado enfim cedeu à maturidade, dando-nos um mercado cristão consolidado, com (poucas) excelentes bandas. Do trash metal ao pop rock, temos bons representantes, reconhecidos dentro e fora do nicho gospel. Infelizmente, as majors da indústria fonográfica se apossaram do estilo, comercializando-o sob fórmulas pré-estabelecidas pouco criativas.
Como bem disse César Ricky Mendes, integrante da banda cristã de celtic rock Tehilim, "o rock dos anos 2000 é mais fraco que café gratuito de rodoviária. Celebramos mais pelo seu passado do que pelo seu presente" (leia mais do artigo publicado no Dot Gospel). Concordo que as grandes bandas ficaram no passado; talvez por isto, minha homenagem de hoje seja ao Whitecross.
Os fãs de Petra e Stryper que me desculpem, mas aprendi a gostar de rock ouvindo os solos deRex Carrol e o vocal gritado de Scott Wenzel. Criados em Chicago, na década de 80, em meio a uma emergente cena de heavy metal, encabeçada por nomes como AC/DC e Iron Maiden, o Whitecross explodiu minha cabeça com toda sua energia.
Nem há muito o que falar sobre o som do grupo. Ótimas baladas, muita virtuose nos solos e riffs que tentei por horas tocar ao violão. É ouvir e se apaixonar (aliás, apaixonar não, porque isto é coisa de emo; metaleiro 'acha irado' ou 'se amarra'). E sim, ao assistir à lista de reprodução abaixo, ignore os penteados da época!
ps: o Bride continua sendo minha banda cristã favorita de rock. Mas sobre eles eu escrevo em outra oportunidade.