Recebi do amigo Marcel Mozart - leitor mais dedicado que este blog possui - o polêmico artigo "Como surgiu a Música Cristã Contemporânea" (aprecie com moderação), no qual o autor adventista Louis R. Torres discorre sobre os motivos que o levaram a classificar o rock e outros ritmos percussivos como a 'música de satanás'. Li com calma e enviei a resposta abaixo:
Em primeiro lugar, a Bíblia relata louvores a Deus com uso de instrumentos percussivos: Miriã louvou com danças após a travessia do Mar Vermelho; Davi dançou quando a Arca foi reconduzida à Israel. E só para citar um músico-adorador: Asafe, escritor de diversos salmos, se fazia conhecido por seus 'címbalos retumbantes'.
Ou seja: o ritmo, essencialmente, é algo cristão. Foi criado por Deus e executado à exaustão nas celebrações do Antigo Testamento. Naturalmente, ao longo dos anos, a música foi sofrendo intervenções. Para se ter uma ideia, o uso de sustenidos é uma profanação. A escala musical não possuía semitons, que foram importados da cultura egípcia e indiana.
Até mesmo os Adventistas - que se gabam de seu preciosismo musical - 'pecam' por absorver influências, veja só, humanas e, por que não dizer, 'mundanas', como preferem classificar. Se formos levar ao pé da letra o conceito do artigo, que prega a não-compactuação com a música contemporânea, teríamos de realizar um estudo profundo, em busca das canções executadas no período pós-Éden.
Deus deu aos homens a criatividade. Após a morte de Cristo, o Espírito Santo. Unidos, estes podem muito. Não devemos observar a música apenas sob a ótica técnica. Se fosse assim, deveríamos apenas executar mantras, trazendo 'paz' ao ambiente, repetindo um comportamento que nós, cristãos, condenamos.
Se um africano se converte a Deus, devemos ensiná-lo a adorar utilizando um violino, se este aprendeu a tocar tambores em seu país? A cultura se sobrepõe ao mover divino? Por que motivos tentamos sempre limitar o agir de Deus a conceitos que possamos compreender, definindo isto ou aquilo como santo e profano?
Por que classificar este estilo ou aquele como 'de Satanás'? Ele nada criou. Tudo o que possui foi um dia criado para o louvor a Deus e, posteriormente, profanado. Nós estamos entregando de mão beijada potentes instrumentos de conversão. Em rock, valsa ou ópera, no Espírito, a música sempre será um criativo, mutante e tocante meio de disseminação da Palavra de Deus e sensibilização de almas.
Em primeiro lugar, a Bíblia relata louvores a Deus com uso de instrumentos percussivos: Miriã louvou com danças após a travessia do Mar Vermelho; Davi dançou quando a Arca foi reconduzida à Israel. E só para citar um músico-adorador: Asafe, escritor de diversos salmos, se fazia conhecido por seus 'címbalos retumbantes'.
Ou seja: o ritmo, essencialmente, é algo cristão. Foi criado por Deus e executado à exaustão nas celebrações do Antigo Testamento. Naturalmente, ao longo dos anos, a música foi sofrendo intervenções. Para se ter uma ideia, o uso de sustenidos é uma profanação. A escala musical não possuía semitons, que foram importados da cultura egípcia e indiana.
Até mesmo os Adventistas - que se gabam de seu preciosismo musical - 'pecam' por absorver influências, veja só, humanas e, por que não dizer, 'mundanas', como preferem classificar. Se formos levar ao pé da letra o conceito do artigo, que prega a não-compactuação com a música contemporânea, teríamos de realizar um estudo profundo, em busca das canções executadas no período pós-Éden.
Deus deu aos homens a criatividade. Após a morte de Cristo, o Espírito Santo. Unidos, estes podem muito. Não devemos observar a música apenas sob a ótica técnica. Se fosse assim, deveríamos apenas executar mantras, trazendo 'paz' ao ambiente, repetindo um comportamento que nós, cristãos, condenamos.
A cultura se sobrepõe ao poder de Deus?
A música evoluiu. O homem mudou. A essência da adoração permanece a mesma. Deus procura corações sinceros, que o adorem em Espírito e em Verdade. Verdade é cantar, tocar ou dançar com pureza de coração. Se o fazemos em ritmo acelerado ou lento, não vem ao caso. O importante é fazê-lo.Se um africano se converte a Deus, devemos ensiná-lo a adorar utilizando um violino, se este aprendeu a tocar tambores em seu país? A cultura se sobrepõe ao mover divino? Por que motivos tentamos sempre limitar o agir de Deus a conceitos que possamos compreender, definindo isto ou aquilo como santo e profano?
Por que classificar este estilo ou aquele como 'de Satanás'? Ele nada criou. Tudo o que possui foi um dia criado para o louvor a Deus e, posteriormente, profanado. Nós estamos entregando de mão beijada potentes instrumentos de conversão. Em rock, valsa ou ópera, no Espírito, a música sempre será um criativo, mutante e tocante meio de disseminação da Palavra de Deus e sensibilização de almas.