Competente como pop e modestamente alternativo. Cidade do Amor, novo álbum de Lucas Souza Banda é o resultado de um flerte do cantor com a criatividade. Apesar dos pontos fracos, o disco chega ao cenário nacional como uma das melhores produções dos últimos anos. Em seu quarto trabalho, Lucas - ao lado do irmão Lúcio Souza, responsável pela produção do disco - busca novos ares para o som da banda.
Esqueça a maturidade das composições, a ótima produção - há muito não ouvia guitarras tão bem construídas em um disco nacional -, e o timbre, digamos, incomum de voz de Lucas. Cidade do Amor vale ser ouvido pelo simples fato de tentar ser diferente, desejo este que o coloca muito acima das outras produções do mercado cristão nacional.
A inquietação presente em cada uma das 12 faixas do álbum torna prazerosa a experiência de ouvi-lo. Afinal, é sempre bom ver um artista mesclar influências e se arriscar com criatividade. E Lucas Souza o faz ao extrair a diversidade de estilos de uma metrópole e anexá-la à mensagem do amor Divino. Uma grande ideia, que de tão diversa, soa desconexa.
Talvez a grande falha de Cidade do Amor seja tentar abraçar o mundo com as pernas. A explosão recente do folk no Brasil - representados por Vanguart e Mallu Magalhães - e a vulgarização dos recursos eletrônicos obrigaram Lucas a passear por caminhos até então desconhecidos. É exatamente neste subúrbio que a Cidade se torna mais obscura. E criativa.
O Mundo Viu a Sua Luz mostra um Lucas muito versátil, misturando baterias eletrônicas, sintetizadores, rock anos 60 e 80. A faixa é ótima, mas não combina com o restante do disco. Só para ter uma ideia, a faixa seguinte é Eu Só Penso em Você, folk rock com direito a gaita (?!). Já lavei as minhas mãos, troquei mágoas por perdão, vivo outra vez. Letra impecável.
Quebra e Refaz é uma ilha bem no meio da Cidade, porém, é a melhor faixa do álbum. Guitarras bem executadas, voz grave, ritmo de blues, teclados simples, tudo muito bem construído. Um solo arrebatador de guitarra faz falta, mas isto é perdoável (até porque em Incomparável Tanto Amor, outra grande canção do disco, o solo final sai quase desastroso).
Apesar das críticas, Cidade do Amor, repito, merece ser ouvido. O álbum é conforto garantido para os ouvidos mais críticos, que buscam incessantemente algo de diferente em meio ao cenário nacional. Lucas Souza ainda não é a salvação da música gospel, mas mostra estar no caminho certo, na direção oposta das fórmulas prontas do mercado.
Esqueça a maturidade das composições, a ótima produção - há muito não ouvia guitarras tão bem construídas em um disco nacional -, e o timbre, digamos, incomum de voz de Lucas. Cidade do Amor vale ser ouvido pelo simples fato de tentar ser diferente, desejo este que o coloca muito acima das outras produções do mercado cristão nacional.
A inquietação presente em cada uma das 12 faixas do álbum torna prazerosa a experiência de ouvi-lo. Afinal, é sempre bom ver um artista mesclar influências e se arriscar com criatividade. E Lucas Souza o faz ao extrair a diversidade de estilos de uma metrópole e anexá-la à mensagem do amor Divino. Uma grande ideia, que de tão diversa, soa desconexa.
Talvez a grande falha de Cidade do Amor seja tentar abraçar o mundo com as pernas. A explosão recente do folk no Brasil - representados por Vanguart e Mallu Magalhães - e a vulgarização dos recursos eletrônicos obrigaram Lucas a passear por caminhos até então desconhecidos. É exatamente neste subúrbio que a Cidade se torna mais obscura. E criativa.
O Mundo Viu a Sua Luz mostra um Lucas muito versátil, misturando baterias eletrônicas, sintetizadores, rock anos 60 e 80. A faixa é ótima, mas não combina com o restante do disco. Só para ter uma ideia, a faixa seguinte é Eu Só Penso em Você, folk rock com direito a gaita (?!). Já lavei as minhas mãos, troquei mágoas por perdão, vivo outra vez. Letra impecável.
Quebra e Refaz é uma ilha bem no meio da Cidade, porém, é a melhor faixa do álbum. Guitarras bem executadas, voz grave, ritmo de blues, teclados simples, tudo muito bem construído. Um solo arrebatador de guitarra faz falta, mas isto é perdoável (até porque em Incomparável Tanto Amor, outra grande canção do disco, o solo final sai quase desastroso).
Apesar das críticas, Cidade do Amor, repito, merece ser ouvido. O álbum é conforto garantido para os ouvidos mais críticos, que buscam incessantemente algo de diferente em meio ao cenário nacional. Lucas Souza ainda não é a salvação da música gospel, mas mostra estar no caminho certo, na direção oposta das fórmulas prontas do mercado.