Graças ao término da monografia pude enfim me dedicar a um dos atos mais prazerosos da vida: a leitura. Não que não tenha lido durante o trabalho acadêmico, ao contrário, li muito, mas mesmo tratando de assuntos de interesse próprio, nenhum livro ganha dos romances (talvez os gibis da Turma da Mônica).
Se é tão bom adquirir conhecimento — como defendia Edgar Allan Poe ao dizer: "Não é na ciência que está a felicidade, mas na aquisição da ciência" — o melhor é conciliar o prazer dos enredos bem trabalhados e personagens complexos aos dados e descobertas dos livros didáticos. Mas poucos têm habilidade para isto.
Um destes, mesmo sendo muito criticado, é Augusto Cury. O psiquiatra e psicólogo surpreende pela leveza textual e peso argumentativo. Li nestes últimos dias "A Ditadura da Beleza e a Revolução das Mulheres" e confesso estar atordoado até agora.
É impressionante como os dados apresentados exibem uma realidade quase palpável, que a maioria ignora. É comum ouvirmos dizer que as mulheres se preocupam demais com a própria imagem, mas incomoda reconhecer que eu e você — e não só os meios de comunicação, como costumamos rotular — somos responsáveis por isto.
Sempre brinquei dizendo que nascemos bichos iguais. Homens crescem por instinto, enquanto mulheres são ensinadas a se comportar como tal. "Cruze as pernas", "acerte a postura" e "não brinque com os garotos" são algumas das regras que constróem o conceito de mulher ideal ao longo da vida de uma garota. Mas antes fossem somente estas.
A mulher moderna é realmente afligida pelo Padrão Inatingível de Beleza — teoria muito bem defendida nas 208 páginas da obra — buscando compulsivamente um corpo inexistente. Comparando-se diariamente a objetos humanos surreais com formato feminino, muitas têm se aprisionado a estas imagens. Mal sabem que nem mesmo as modelos, que utilizam de ferramentas digitais, têm o corpo que exibem nas fotos.
Temos gerado em grande porcentagem das mulheres do mundo tristeza, depressão, bulimia, anorexia e outros transtornos alimentares. Milhões são infelizes com os corpos que possuem e milhares cometem suicídio. Mas afinal, o que podemos fazer para ajudá-las? Simples: questione suas próprias atitudes, como eu mesmo fiz.
Temos reconhecido a verdadeira beleza da mulher? Temos reparado nos sorrisos, na inteligência, nas palavras, nos gestos, nos olhares, ao invés de meramente comparar corpos? Reclamamos das mulheres vulgares, mas temos dado o valor que elas realmente merecem?
Questões profundas, que me levaram a rever meus conceitos de beleza e também reconhecer que as verdadeiras mulheres são heroínas. Não por terem vencido o jugo machista, mas por sobreviverem às "masmorras psíquicas" onde temos aprisionado-as.
Dedico o texto e a reflexão às blogueiras presentes no meu feed: Cláudia Lyra, Ester Beatriz, Maíra Suspiro, Lúcia Freitas, Kandy Saraiva e Gabi Zago.
Se é tão bom adquirir conhecimento — como defendia Edgar Allan Poe ao dizer: "Não é na ciência que está a felicidade, mas na aquisição da ciência" — o melhor é conciliar o prazer dos enredos bem trabalhados e personagens complexos aos dados e descobertas dos livros didáticos. Mas poucos têm habilidade para isto.
Um destes, mesmo sendo muito criticado, é Augusto Cury. O psiquiatra e psicólogo surpreende pela leveza textual e peso argumentativo. Li nestes últimos dias "A Ditadura da Beleza e a Revolução das Mulheres" e confesso estar atordoado até agora.
É impressionante como os dados apresentados exibem uma realidade quase palpável, que a maioria ignora. É comum ouvirmos dizer que as mulheres se preocupam demais com a própria imagem, mas incomoda reconhecer que eu e você — e não só os meios de comunicação, como costumamos rotular — somos responsáveis por isto.
Sempre brinquei dizendo que nascemos bichos iguais. Homens crescem por instinto, enquanto mulheres são ensinadas a se comportar como tal. "Cruze as pernas", "acerte a postura" e "não brinque com os garotos" são algumas das regras que constróem o conceito de mulher ideal ao longo da vida de uma garota. Mas antes fossem somente estas.
A mulher moderna é realmente afligida pelo Padrão Inatingível de Beleza — teoria muito bem defendida nas 208 páginas da obra — buscando compulsivamente um corpo inexistente. Comparando-se diariamente a objetos humanos surreais com formato feminino, muitas têm se aprisionado a estas imagens. Mal sabem que nem mesmo as modelos, que utilizam de ferramentas digitais, têm o corpo que exibem nas fotos.
Temos gerado em grande porcentagem das mulheres do mundo tristeza, depressão, bulimia, anorexia e outros transtornos alimentares. Milhões são infelizes com os corpos que possuem e milhares cometem suicídio. Mas afinal, o que podemos fazer para ajudá-las? Simples: questione suas próprias atitudes, como eu mesmo fiz.
Temos reconhecido a verdadeira beleza da mulher? Temos reparado nos sorrisos, na inteligência, nas palavras, nos gestos, nos olhares, ao invés de meramente comparar corpos? Reclamamos das mulheres vulgares, mas temos dado o valor que elas realmente merecem?
Questões profundas, que me levaram a rever meus conceitos de beleza e também reconhecer que as verdadeiras mulheres são heroínas. Não por terem vencido o jugo machista, mas por sobreviverem às "masmorras psíquicas" onde temos aprisionado-as.
Dedico o texto e a reflexão às blogueiras presentes no meu feed: Cláudia Lyra, Ester Beatriz, Maíra Suspiro, Lúcia Freitas, Kandy Saraiva e Gabi Zago.