A fórmula do sucesso parece encantar a maioria dos artistas. Poucos rompem com as barreiras por eles mesmos estabelecidas. Mas, afinal, quem definiu que esta ruptura é sempre necessária? Se repetir com qualidade é, por vezes, tão difícil quanto produzir novos álbuns.
É claro que não faço apologia à pasteurização musical, ao contrário, é essencial que as composições e a produção acompanhem as novidades tecnológicas — que, querendo ou não, conduzem o mercado atualmente.
Shawn McDonald, cantor americano de folk contemporâneo, é um destes artistas. Sem perder as principais características de seus álbuns anteriores de estúdio — Simply Nothing e Ripen — surpreende nos detalhes de seu novo disco, Roots. O nome, que significa raízes, refere-se aos primórdios da carreira de Shawny, mas como todos sabem, raízes também crescem.
Contrariando totalmente o último disco lançado, Scattered Pieces: Live — que parecia se perder no conceito voz-e-violão — Roots traz de volta os sintetizadores e guitarras bem sucedidos. A ambientação do disco é deliciosa. Efeitos, vozes dobradas, baterias eletrônicas e guitarras dão o tom moderno às composições de poucos acordes.
Composições estas que soam mais coesas e bem definidas. Os 30 anos de idade fizeram bem ao artista. Mais centrado no modelo de música ideal para seus discos, o cantor dá vez ao experimentalismo discreto. Exemplo disto é Waltz In 3, valsa lenta que ganha vida com o trio quase clássico de cordas, acompanhado Shawny e seu violão.
Slow Down lembra uma introdução de pop rock, mas acaba por surpreender o ouvinte. O efeito aplicado à voz e violão dura todos os dois minutos e 37 segundos de música, dando um ambiente de nostalgia perfeito à canção. Pop rock mesmo é Time, balada radiofônica com direito a refrão pegajoso.
Para os fãs antigos que não conseguirem acompanhar as viagens particulares de Shawny, lá estão Captivated, Clarity e Winter, canções que remetem aos discos anteriores diretamente. Esta última merece destaque pelo belo dueto acústico entre Shawn e uma cantora ainda não identificada (juro que tentei o Google).
Um álbum coeso, correto, que se propôs a repetir os sucessos anteriores e o faz com qualidade. Pequenas inovações, rupturas na produção musical e composições com a marca de Shawn McDonald. Este é, sem dúvida, um dos grandes compositores de folk contemporâneo do mercado.
É claro que não faço apologia à pasteurização musical, ao contrário, é essencial que as composições e a produção acompanhem as novidades tecnológicas — que, querendo ou não, conduzem o mercado atualmente.
Shawn McDonald, cantor americano de folk contemporâneo, é um destes artistas. Sem perder as principais características de seus álbuns anteriores de estúdio — Simply Nothing e Ripen — surpreende nos detalhes de seu novo disco, Roots. O nome, que significa raízes, refere-se aos primórdios da carreira de Shawny, mas como todos sabem, raízes também crescem.
Contrariando totalmente o último disco lançado, Scattered Pieces: Live — que parecia se perder no conceito voz-e-violão — Roots traz de volta os sintetizadores e guitarras bem sucedidos. A ambientação do disco é deliciosa. Efeitos, vozes dobradas, baterias eletrônicas e guitarras dão o tom moderno às composições de poucos acordes.
Composições estas que soam mais coesas e bem definidas. Os 30 anos de idade fizeram bem ao artista. Mais centrado no modelo de música ideal para seus discos, o cantor dá vez ao experimentalismo discreto. Exemplo disto é Waltz In 3, valsa lenta que ganha vida com o trio quase clássico de cordas, acompanhado Shawny e seu violão.
Slow Down lembra uma introdução de pop rock, mas acaba por surpreender o ouvinte. O efeito aplicado à voz e violão dura todos os dois minutos e 37 segundos de música, dando um ambiente de nostalgia perfeito à canção. Pop rock mesmo é Time, balada radiofônica com direito a refrão pegajoso.
Para os fãs antigos que não conseguirem acompanhar as viagens particulares de Shawny, lá estão Captivated, Clarity e Winter, canções que remetem aos discos anteriores diretamente. Esta última merece destaque pelo belo dueto acústico entre Shawn e uma cantora ainda não identificada (juro que tentei o Google).
Um álbum coeso, correto, que se propôs a repetir os sucessos anteriores e o faz com qualidade. Pequenas inovações, rupturas na produção musical e composições com a marca de Shawn McDonald. Este é, sem dúvida, um dos grandes compositores de folk contemporâneo do mercado.